Leonardo saiu da suíte de Rodrigo com o coração aos pulos no peito. O microgravador, ainda quente em seu bolso, guardava não só palavras, mas sentenças. Seu pai havia confessado mais do que esperava. Entre sorrisos e brindes, Rodrigo falara dos “acidentes forjados”, da manipulação de ações, das alianças com nomes que nem mesmo Leonardo conhecia completamente. Falara até mesmo da noite em que o pai de Camila foi calado para sempre.
Era mais do que suficiente para destruí-lo.
Mas Leonardo sabia: se Rodrigo soubesse que estava sendo gravado, a morte seria imediata. E não apenas a dele. Camila, Alexandre... ninguém estaria a salvo.
Assim que chegou ao carro, trancou-se e ligou para Camila.
— Consegui. Ele caiu — disse, sem rodeios.
— Você está bem? — ela perguntou, a voz abafada pela tensão.
— Estou, por enquanto. Mas precisamos agir rápido. Esse jogo vai se tornar mortal a qualquer segundo.
— Venha até o hotel. Alexandre conseguiu contato com uma jornalista investigativa. Ela está em Zur