38. OS SEGREDOS QUE A NOITE CARREGAVA

A noite havia descido sobre a cidade com um manto frio e silencioso. As luzes dos postes lançavam sombras longas pelas calçadas, enquanto o táxi de Deise cortava a escuridão pelas ruas menos movimentadas do centro. Ela estava inquieta. O telefone de Telles tocara poucas horas antes com uma urgência incomum e uma proposta direta:

— “Nos encontraremos num restaurante afastado. Lugar neutro. Longe das vistas de Lucas.”

Ela não discutiu. Apenas respondeu que estaria lá.

Quando entrou no restaurante discreto, o aroma de madeira e vinho antigo lhe trouxe uma nostalgia estranha. Seus olhos encontraram Telles sentado num canto reservado, de frente para a porta, como alguém que esperava más notícias. Seu olhar estava absorto, as mãos entrelaçadas sobre a mesa. Ao vê-la, levantou-se com um gesto curto.

— Por que tão longe? — perguntou ela ao se aproximar.

— Porque Lucas está te vigiando.

— O quê?! — a voz dela saiu num sussurro aflito.

— Sente-se, Deise. É melhor você ouvir isso sentada. — Sua
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