A luz suave do deserto atravessava os vitrais do quarto real, colorindo os lençóis em tons de âmbar, rubi e safira. Isabela se remexeu preguiçosamente sobre os travesseiros, o corpo ainda dolorido, mas o coração em paz. Cada terminação nervosa parecia lembrar da noite anterior, como se sua pele ainda estivesse envolta no comando e no zelo de Zayn.
Zayn já estava acordado, sentado na poltrona próxima à janela, usando um robe escuro e lendo relatórios em seu tablet. Seus olhos, porém, se voltaram imediatamente para ela quando ouviu seu primeiro suspiro mais longo.
— Bom dia, Amalî — murmurou ele, com aquele tom de voz que a fazia arrepiar dos calcanhares ao couro cabeludo.
Ela virou de lado, fazendo uma careta.
— Não sei se foi bom... minha bunda já pediu asilo político.
Zayn riu, deixando o tablet de lado.
— Exagerada. Eu cuidei de você como um artesão cuida de sua obra-prima.
— Obra-prima danificada, talvez — ela respondeu, tentando sentar e fazendo outra careta ao encostar.
—Se quise