O amanhecer nasceu violeta sobre Rashalah. Do terraço da antiga administração portuária, o sal grudava nos lábios; metal e poeira faziam um zumbido baixo atrás dos guindastes. Mapas abertos como feridas, rádios chiando em duas línguas, termos de café, cadernos com anotações tortas — a cidade acordava sob um plano.
— Sete luas não é poesia — disse Idris no alto-falante, a voz vinda de Roma como se estivesse no quarto ao lado. — É protocolo de redundância. Sete pontos. Se um cai, os outros compensam. Se três caem, aciona-se o colapso.
Zayn esticou o olhar pelo mapa. Círculos a lápis, como hematomas.
— Onde está a primeira?
— Antigo silo de grãos, setor leste do porto. Há uma meia-lua gravada no pilar número três. É a Lua I.
Elyas inclinou o rosto para o papel, olhos de quem decora terreno por peles e cicatrizes.
— E a seguinte?
— Subestação Norte. A meia-lua está invertida na grade de aterramento. Lua II.
— Dividimos em três — decidiu Zayn. — Alfa comigo: Isabela e Elyas. Bravo com o Ka