O corredor da ala de segurança cheirava a desinfetante e ferro antigo. O som dos passos de Zayn ecoava seco, compassado, como um veredito que já sabia o desfecho. À sua esquerda, Kareem conferia pela terceira vez a prancheta com autorizações, o selo vermelho reluzindo sob a luz fria. À direita, Isabela caminhava sem soltar o ar direito, as mãos fechadas num punho discreto — o único sinal de que a calma dela era vigiada.
— Última verificação — avisou o capitão na porta blindada. — Sem canetas, sem fios, sem relógios de metal. Tudo fica no armário.
Zayn entregou o relógio, passou os dedos pelo bolso interno do blazer — vazio — e fez que sim. Kareem resmungou, deixando até o clipe de papel que insistia em carregar. Isabela tirou os brincos, o colar simples e um elástico de cabelo. O capitão abriu a porta com um bip grave. O trinco recuou como um animal contrariado.
— Cela nove — anunciou ele. — Dois minutos de atraso e encerramos. Ele tem histórico de provocação.
— Quem não tem? — murmur