A noite já tinha baixado sobre Al-Qadar quando Elyas voltou à sala de reuniões. O banho apagou a poeira e a prisão; o corte simples do thobe novo, o cabelo aparado às pressas, a barba alinhada deixavam à mostra um homem inteiro de novo — cansado, sim, mas firme. Sobre a mesa, chá de cardamomo e tâmaras. Ao fundo, as cortinas pesadas seguravam o vento quente. Isabela, no sofá lateral, contornava o aro da xícara com o dedo, como se precisasse de um movimento pequeno para prender o mundo no lugar.
Zayn ficou de pé quando Elyas entrou. Não havia protocolo ali — havia respeito.
— Sente-se, senhor Hurmatrah. — O sheik indicou a cadeira ao centro. — Estou pronto para ouvir. Todos estamos.
Kareem encostou-se discretamente ao aparador; Lasmih ocupou a ponta da mesa, bloco aberto, sem escrever nada. Hanin permaneceu em silêncio, atenta.
Elyas pousou as mãos sobre a madeira, abriu e fechou os dedos, como quem testa a própria memória, e começou:
— Antes de tudo… — o olhar varreu Zayn, voltou a Is