A claridade filtrada pelas cortinas começou a invadir o quarto, dourando o contorno dos móveis. Zayn abriu os olhos devagar, sentindo algo raro: o corpo leve, a mente em silêncio. Não percebeu de imediato, mas havia um braço envolvendo sua cintura — um toque firme, protetor, como se fosse a única barreira entre ele e o mundo.
Virou o rosto e encontrou Isabela ainda acordada, mas quieta, os olhos semicerrados e um sorriso pequeno nos lábios. Ela não se mexeu, apenas apertou um pouco mais o abraço, como se quisesse prolongar aquele instante.
— Dormiu bem? — ela murmurou, a voz rouca de sono.
Ele não respondeu de imediato. Virou-se para encará-la e, por um instante, só a observou. Não havia urgência, nem aquele controle rígido que ele sempre carregava. Apenas um olhar que dizia mais que qualquer palavra.
— Não lembro a última vez que dormi assim… — admitiu, a voz baixa. — Obrigado, Amalî.
Isabela sorriu, mas não tentou quebrar o momento com respostas longas. Passou os dedos pelos cabelos