O primeiro amanhecer depois de neutralizarem as Sete Luas nasceu menos áspero. O vento ainda empurrava areia para dentro das casas e o porto rangia como garganta enferrujada, mas Rashalah, pela primeira vez em muito tempo, respirava em ritmo de trabalho: caminhões de água como marés programadas; técnicos nos postes com cintos e chaves; no pátio, crianças rodopiando em torno de bombonas azuis como se fossem brinquedos novos.
Zayn chegou cedo ao prédio da antiga administração portuária, agora base provisória. Casaco nos ombros, caderno de capa preta na mão, subiu dois lances de escada, cruzou o corredor onde mapas estavam presos com fita e saiu ao terraço. Dali via-se a cidade deitada entre guindastes cansados e a fita pálida do mar.
— Não é promessa, é cronograma — murmurou, escrevendo. — Água, escola, energia, porto, saúde.
Kareem apareceu com duas canecas de café.
— O povo está em fila desde as seis. As equipes três e quatro já estão nos setores B e D. A subestação aguentou a noite.