Bom, pelo menos minha amiga teria uma noite maravilhosa. Me despedi dela e saí do prédio frustrada.
Enquanto esperava o táxi chegar, eu verifiquei meu celular e encontrei três chamadas perdidas de Maurice. Eu fiquei tão assustada e com a cabeça a mil que acabei desligando sem dar uma explicação para ele.
Retornei à chamada e dessa vez era eu quem devia uma explicação.
— Oi Maurice.
Ele atendeu e notei sua expressão amena. Não era uma cara ruim, mas também não era boa, ele estava simplesmente olhando para a tela do celular.
— Me desculpa pelo primo da Carla, ele é assim atrevido, mas já dei um basta nas brincadeiras sem graça e de péssimo gosto que ele costuma fazer.
Maurice continuou apenas me analisando, sem demonstrar um pingo de compaixão. Ele estava sentado na cama com o celular encostado em algo, seus cotovelos estavam apoiados nas coxas e as mãos cruzadas coladas em seus lábios, cobrindo a visão que mais amo: sua linda, gostosa e sedutora boca carnuda, uma tentação por sinal,