Aria estava agitada quando Dominic entrou no quarto. Lia ficou alguns passos atrás, sem invadir o espaço, mas pronta caso precisassem dela.
A menina parecia sonâmbula, respirando rápido, os olhos semicerrados. Dominic sentou na cama e a puxou com cuidado para seu colo, ajeitando o ursinho entre eles.
— Ei, pequenina… estou aqui — ele murmurou, a voz baixa, firme e surpreendentemente delicada.
Aria segurou a camisa dele com as mãos pequenas e finalmente abriu os olhos. Quando percebeu que era o pai, deixou o corpo relaxar, como se um peso tivesse sido arrancado do peito dela.
— Papai… — ela sussurrou, quase sem som.
Dominic fechou os olhos, sentindo aquela palavra atravessar a alma. Ele encostou o queixo no topo da cabeça da filha, segurando-a como se jamais fosse soltar.
Lia observava a cena com o coração acelerado. Era bonito e doloroso.
Era a prova de que Dominic tinha uma intensidade de amor que o mundo inteiro desconhecia.
E era exatamente isso que tornava tudo tão perigoso.
Quand