A notícia de que Aria havia falado não era algo que se encerrava na noite anterior. Ela estava ali pela manhã, viva, leve, pulsando pelos corredores como um perfume persistente. Havia algo diferente na mansão Hale, algo que fazia até as paredes parecerem menos rígidas.
Lia acordou antes do despertador, como se o corpo já soubesse que aquele dia não seria comum.
Quando entrou no quarto de Aria, encontrou a menina sentada na cama, abraçada ao ursinho original. Dominic devia tê-lo devolvido enquanto ambas dormiam. Aria o segurava como se fosse parte de si. Lia se aproximou devagar.
— Bom dia, pequena — ela sussurrou.
Aria ergueu o olhar.
E, num gesto tímido, levantou o ursinho para Lia ver.
— Papai… trouxe.
A palavra veio baixinha, quebrada, mas veio.
Lia sentiu o coração disparar.
Antes que pudesse responder, ouviu passos na porta.
Dominic.
Ele estava parado ali, ainda com a roupa de dormir — calça de moletom escura e uma camiseta simples que deixava os músculos visíveis. O cabelo bagun