Diana
Quando minha mãe foi embora, eu fiquei um tempo sentada no carro, parada, respirando fundo. O teste ainda estava na minha bolsa, bem guardado, como se eu tivesse medo dele sumir. Medo de acordar e descobrir que tudo aquilo era só um sonho maluco da minha cabeça.
Mas não era.
Eu estava grávida.
E agora eu precisava contar pro Ethan.
O problema é que quanto mais eu pensava nisso, mais meu estômago embrulhava. Não porque eu achava que ele não ia gostar. Mas porque… da última vez, tudo terminou de um jeito tão cruel, tão traumático, tão pesado, que eu sabia que parte do Ethan ainda carregava aquilo como uma culpa que não era dele, mas que ele insistia em segurar.
Mesmo assim, eu não podia esconder isso dele.
Ele precisava saber.
Era o nosso filho.
Quando cheguei em casa, parecia que as paredes estavam mais silenciosas do que o normal. Eu tirava o casaco, colocava bolsa em cima do sofá, mas minhas mãos tremiam tanto que eu deixei a chave cair no chão.
Respira, Diana.
Pelo amor de Deu