Diana
Eu ainda tava com o papel do pré-natal na mão quando a gente saiu da clínica. O Ethan dirigia com aquele silêncio exagerado, como se estivesse calculando a vida inteira em planilhas dentro da cabeça. Eu conheço bem esse silêncio dele. É o “modo CEO surtado” ativado.
— Diana… — ele começou, sem tirar o olho da rua. — A gente precisa conversar sobre algumas coisas. Tipo… espaço. Estrutura. Rotina. Segurança. Tudo.
Eu virei pra ele devagar, porque eu já sabia que vinha drama.
— Que espaço, Ethan? — perguntei. — A gente mora numa mansão. Uma mansão. Se isso não for espaço suficiente pra um bebê que cabe na palma da mão, nada no mundo vai ser.
Ele respirou fundo, sério demais.
— Amor… e se a gente precisar de mais? Sei lá… um quarto a mais, um ambiente mais afastado, uma casa com um jardim maior, talvez um lugar com mais segurança, mais muro, mais blindagem…
— Ethan — eu cortei — a gente tem um segurança plantado até na garagem. A gente não precisa de blindagem extra. E definitivamen