Diana

Eu nunca tinha passado uma noite tão longa na minha vida. Virei de um lado para o outro na cama, abracei o travesseiro, tentei respirar fundo, mas nada funcionava. Cada vez que fechava os olhos, eu só conseguia imaginar o rosto da minha mãe deitada na cama do quarto de hóspedes, frágil, com aquela carinha de quem finge estar tudo bem só pra não me preocupar.

Ansiedade é uma palavra pequena perto do que eu sentia. Era como se tivesse um peso no meu peito me sufocando, um aperto constante, e uma voz repetindo dentro da minha cabeça: “E se for algo sério? E se eu perder ela?”

Quando o sol nasceu, eu já estava acordada. Ethan percebeu, claro. Ele sempre percebe. Virou pro meu lado, passou a mão no meu cabelo e disse baixinho:

— Vai dar tudo certo, amor.

Eu queria acreditar. Queria mesmo. Mas o medo era tão grande que as palavras dele batiam em mim e não grudavam.

Nos arrumamos em silêncio. Ethan me levou até o quarto da minha mãe, que já estava sentada na beira da cama, ajeitando o