Diana
Voltar pra casa depois daquela viagem foi como atravessar dois mundos diferentes. No jatinho, ainda sentia o cheiro de Ethan grudado em mim, o gosto do chocolate e da champanhe, a lembrança de cada beijo e cada instante que a gente dividiu longe de tudo. Eu me sentia mais leve, mais feliz. Mas, no fundo, uma parte de mim já estava voltando a carregar o peso da preocupação com minha mãe. Era inevitável.
Quando o carro nos deixou na mansão, suspirei fundo. A viagem tinha sido curta, só dois dias, mas parecia que ficamos fora um mês. A mansão me recebeu com aquele silêncio elegante de sempre, mas eu só pensava em correr até o quarto da minha mãe.
— Vamos? — Ethan perguntou, percebendo meu nervosismo.
Assenti e subi quase correndo. Encontrei minha mãe deitada na cama, lendo um livro velho que ela trouxe da casa antiga. Ela levantou os olhos quando me viu e abriu um sorriso cansado, mas verdadeiro.
— Minha filha! — ela fechou o livro e estendeu os braços. — Que saudade!
Corri até ela