POV CATARINA
— Você vai o quê? — perguntou Corine, franzindo a testa.
— Vou ajudar o José Eduardo indo a esse almoço. Em troca, ele prometeu me deixar em paz.
Corine entrou no meu quarto.
— Ah, mas que maravilha que vocês dois estão se dando bem! Seu Nestor vai adorar saber!
— Não, Corine. Não comente nada com meu tio. Até porque o José e eu nem estamos tão bem assim.
Fiquei corada.
Corine me analisou. Acho que ela percebeu algo que nem eu tinha notado na hora. Ou preferi ignorar.
— Você precisa de um vestido pro almoço, então.
— Sim. Não quero parecer uma caipira como foi na festa.
— Não se deprecie, menina. Você estava linda ontem. Talvez algo como aquilo funcione pro dia. Talvez tenha sido apenas a ocasião que não combinou.
— Você acha? — perguntei, insegura.
— Certamente. Além disso, você é bonita e se porta bem. Qualquer coisa fica boa em você. Posso olhar o que tem na sua mala?
Apesar da incerteza, assenti e apontei para minha mala.
Corine a abriu e começou a vasculhar o que eu