O dia estava calmo, mas dentro de Eveline, o turbilhão era constante. Desde que Daniel voltara para casa, sua rotina parecia suspensa por fios invisíveis — cuidados, silêncio, lembranças. E entre tudo isso, Marcus.
As mensagens dele eram gentis, disfarçadas de preocupação com Gabriel. Mas Eveline sabia. O tempo não tinha esfriado o que eles sentiam — apenas colocado fogo debaixo das cinzas.
Naquela manhã, ele enviou uma mensagem:
"Bom dia. Será que hoje consigo ver nosso pequeno? Estava pensando... posso passar aí, levar ele pra dar uma volta com meus pais. Eles sentem tanta falta dele. Se quiser, pode dormir aqui também."
Ela leu, relutante. A vontade de dizer sim imediatamente era grande. Mas também havia Daniel.
Depois de alguns minutos, respondeu:
"Você pode vir sim. Mas só por hoje, tá bem?"
Marcus chegou por volta do meio da tarde. Eveline o recebeu no jardim da mansão. Lucas e Beatriz brincavam com Gabriel em um tapete de borracha sobre a grama.
— Ele está cada dia mais esperto