O terceiro dia na praia amanheceu com um brilho prateado no céu.
As nuvens finas passavam lentamente pelo azul claro e o sol, escondido por instantes, surgia tímido, aquecendo suavemente a brisa que soprava do mar. Eveline acordou cedo, antes mesmo do alarme do celular tocar. O quarto estava silencioso, banhado pela luz dourada que atravessava as cortinas translúcidas.
Sentou-se na cama e repousou as mãos sobre a barriga.
O bebê mexeu.
Era como se dissesse “bom dia”, como se compartilhasse com ela cada descoberta, cada novo sentimento. Um gesto pequeno, mas que a fazia sorrir sozinha, sentindo-se inteira — mesmo em pedaços.
Vestiu uma saída de praia bege com detalhes bordados à mão, por baixo, um maiô verde-esmeralda de alças largas e decote em V, confortável e elegante. Prendeu os cabelos em um coque frouxo, calçou rasteiras de tiras douradas, e seguiu até a varanda, onde Daniel já organizava o café da manhã com as crianças.
— Dormiu bem? — ele perguntou, oferecendo uma xícara de chá