Alana virou levemente a cabeça para o lado, tentando evitar o toque.
— Não se mexa.
A voz grave de Murilo soou.
Ela ficou tensa, sentindo-se um pouco desconfortável, e tentou argumentar:
— Sr. Murilo, eu posso fazer isso sozinha...
— Já estou terminando. — Murilo respondeu, sem a menor intenção de largá-la, enquanto abaixava o olhar e continuava a prender cuidadosamente o cabelo dela.
Os cabelos de Alana eram grossos, macios e pesados nas mãos dele. Os fios escuros e lisos deslizavam suavemente entre seus dedos, e o vento do mar trazia consigo um perfume leve e natural que parecia envolvê-lo a cada segundo.
Daquela proximidade, Murilo podia ver claramente a pele clara e impecável do pescoço dela, longa e esculpida como a de um cisne. As linhas delicadas eram incrivelmente atraentes. Por um instante, o olhar dele escureceu, e ele engoliu seco antes de amarrar a última volta do elástico. Assim que terminou, desviou rapidamente os olhos.
— Pronto.
— Obrigada. — Alana respondeu, ainda um