De volta ao corredor, Isabella tirou o celular do bolso e discou o ramal da segurança interna. O vidro refletia seu rosto, olhos fundos, mandíbula tensa, a pele pálida iluminada pela chuva que batia fora.
“Central de segurança, com quem falo?” a voz do outro lado soou automatizada, seguida por um clique.
“Isabella Grayson falando. Preciso das gravações completas do nono andar, entre sete e nove da manhã. E me digam se alguém desativou temporariamente o sistema de câmeras. Me dêem carimbos de horário e qualquer log de integridade de arquivos.” ela falou com a voz curta, sem rodeios.
Houve um ruído de fundo, passos, uma cadeira arrastando e então, hesitação. “Senhorita Grayson, não consta desativação registrada nos sistemas primários.”
Isabella apertou os dentes, o som saiu seco. “Então me explique como um homem entrou na empresa e ficou vinte minutos numa sala, além de sair sem aparecer em nenhuma câmera.”
Silêncio do outro lado. O operador engoliu as palavras, buscando desculpas téc