O ar parecia pesar entre os dois enquanto Ivy ainda digeria a revelação. Aquele silêncio carregado que se formara só aumentava as perguntas que pipocavam em sua mente. Ela cruzou os braços, tentando manter o tom firme, apesar do turbilhão de emoções.
— Como é possível, Lucian? — Sua voz finalmente quebrou a tensão. — Você me disse... insinuou... que eu sou sua companheira. Então como poderia ter havido outra antes de mim?
Lucian continuou de costas, o olhar fixo nas sombras ao redor da mansão em ruínas, como se buscar a escuridão fosse menos desconfortável do que encarar Ivy.
— Não importa.
— Claro que importa! — Ivy avançou um passo, sua frustração transbordando. — Porque isso não faz nenhum sentido! Se eu sou a sua companheira... isso significa que ela não era? Que por alguma razão o destino se “enganou” com vocês?
Lucian finalmente virou-se, os olhos âmbar faiscando sob a luz fraca do entardecer.
— Não há enganos nesse vínculo. Flora foi escolhida como minha companheira. — Sua voz