Hunter Blood Moon
O olhar de Layla não era o de uma mãe que finalmente via o próprio filho. Havia algo frio ali. Ela estava séria — mais séria do que eu me lembrava de tê-la visto em toda a minha vida.
Os olhos dela percorriam Tobias como se estivessem avaliando, pesando, decidindo alguma coisa.
Esperei. Nenhuma lágrima. Nenhuma ternura. Nenhum vestígio de alegria.
A expressão dela era… horrorizada.
— Tem certeza que esse é o bebê? — perguntou, a voz baixa, quase um sussurro.
— Claro.
— Ele pode ter sido trocado — insistiu, dando um passo à frente. — Por que o cabelo dele é branco?
— Ele é albino, Layla. Os médicos ainda estão investigando, mas disseram que ele está bem. Saudável. Só precisa ganhar peso e… parar de arrancar a sonda — respondi, enfiando a mão pela abertura da incubadora para impedir Tobias de puxar o fio preso ao nariz.
Ele fazia isso o tempo todo, principalmente quando conversávamos perto dele. Minha teoria era simples: ele não gostava do som das vozes vibrando pelos