Lyanna Exul
A verdade é que eu queria ver a Hailey. Desde o momento em que soube que Hunter tinha tido um bebê com outra mulher, minha mente disparou em dezenas de cenários possíveis. Tentei me convencer de que não era da minha conta, que ela era adulta, dona das próprias escolhas — mas o instinto falou mais alto. O coração de mãe tem um tipo de teimosia que a razão não alcança.
Mesmo sabendo que Hailey não precisava de mim, que talvez nem quisesse me ver, eu não consegui ficar parada. A ideia de que ela pudesse estar sofrendo, sozinha, me corroía. Então agendei uma consulta com minha médica antiga — a quase quarenta quilômetros da cidade onde moro agora — e convenci Darius de que eu só confiava nela. Ele não questionou muito. Talvez porque soubesse que, uma vez decidida, eu faria o que quisesse de qualquer forma.
Dirigi em silêncio, com as mãos firmes no volante e o coração acelerado. Cada quilômetro me aproximava de algo que eu não sabia se era reencontro ou punição. No fundo, eu ti