POV KAEL.

O salão da alcateia estava silencioso, mas cheio de tensão.

Paredes de pedra cobertas por tapeçarias antigas e brasões dos clãs formavam um corredor que parecia guardar séculos de histórias.

No centro, uma mesa longa de madeira maciça brilhava sob o reflexo de tochas que brilhavam. O cheiro de couro, madeira e sangue seco atravessava o ar.

Meu pai estava à cabeceira da mesa, ereto, como sempre.

Vitória ao meu lado, impecável, observando cada movimento meu com aquele olhar que misturava determinação e possessividade. 

Meu lobo rosnava baixinho, inquieto, como se pressentisse que algo estava errado e eu não conseguia ignorar.

O alfa começou a falar sobre territórios, alianças e regras que eu já conhecia de cor. Mas havia uma estranheza nas palavras dele, um tom velado que me fez pr