POV AURORA.
Cinco dias.
Foram só cinco dias e ainda assim, pareceram meses.
O tempo passou arrastado, pesado, como se cada hora fosse uma lembrança dele me rondando. Eu fiquei mal em casa e ele não fora até lá, e isso mexeu comigo, mas preferi acreditar que ele tinha os motivos dele.
Nenhuma mensagem. Nenhum sinal. Nem uma sombra.
E o pior é que eu tentava não me importar. Tentava convencer a mim mesma de que ele devia estar resolvendo algo importante, que tudo ficaria bem. Mas as madrugadas eram longas demais quando o coração não entende o que a cabeça tenta explicar.
Quando voltei à Tecnocare naquela manhã, senti o peso da ausência dele em cada corredor.
O prédio, normalmente vivo, parecia… estranho. As pessoas falavam baixo, desviavam os olhos, como se algo tivesse acontecido e ninguém tivesse coragem de comentar. Estávamos a uma semana de um novo baile, e eu precisaria correr com o trabalho que deixei por cinco dias para dar conta.
Meu corpo ainda estava cansado. A febre dos últi