Capítulo três

 Raya deu um passinho para trás quando ouviu aquelas palvras de Ravi. E tudo que pensava sobre o homem desconhecido se tornou em um turbilhão de coisas ao mesmo tempo. E de como sua ideia de que ele poderia ser seu salvador, lhe tirar daquela realidade insuportável, desmoronou. Viu que o que Ravii falou o fazia sorrir, e por um momento achou que ele estava mentindo, que estava jogando novamente com sua cabeça. Mas conhecia o bastante, para ver que ele não estava mentindo, Ravi poderia ser muitas coisas, mas ele sabia de muitas coisas no mesmo nível.

  — Como….Como sabe disso? Nem ao menos sabe quem é ele.  — Raya entrou em negação, e limpou sua boca. 

   —  Sei que ele é o assassino de seus pais, só peço que confie em mim. E não me pergunte quem me disse, pois se eu contar você estrá em perigo. 

  — Não posso…Não posso acreditar que isso é verdade, eu — Eu me deitei com ele, ela queria dizer. Mas conhecia Ravi o bastante para perceber que ele iria surtar.  — E você quer que eu volte pra você? 

 Raya percebeu que era realmente aquilo que ele queria.  Pois ele sorriu, mas não um sorriso de alegria, era um sorriso de posse, ela era sua posse. 

   — Farei o possível pra te proteger, Raya. 

 Raya o olhou e não viu nada que a fizesse acrditar que realmente fosse a melhor  solução, e mesmo assim os pensamentos do homem desconhecidos, que Ravi, aponta como o assassino de seus pais. E ela se deitou com o homem, e o homem que ocupou seus pensamentos por dias, e que seus toques foram tão suaves e ao mesmo tempo avassaladores. Ravi a tocou com leveza, mas mesmo assim ela recuou. 

  — Se não me disser quem lhe revelou esta….Quem lhe disse isso, eu não vou dar um passo adiante.  — Raya, era a teimosia em pessoa. E ravi suspirou quando viu que ela estava falando a verdade.  — Quem foi? 

  — Não ouviu a parte que eu disse que era perigoso? 

  — Posso lidar com isso. Diga!

Ravi, apenas girou em seus calcanhares e saiu. A lua brilhava no céu, Raya a olhou em uma oração silenciosa para a deusa Luna, e sibilou palavras que ela e a deusa podiam ouvir e discernir. 

 Quando chegou em casa, sentiu a pressão que foi sair da taberna sem avisar ao dono da taberna, com certeza depois ele viria tirar satisfação com ela, isso seria fácil de lidar. O que não seria fácil, era lidar com as lembranças de seus pais, e de como era sua vida com eles, era boa. 

 Seus pais eram mercadores, sua mãe era famosa por criar os melhores arrnajos de flores, seu pai o melhor lenhador e construtor de casas da região. E logo sua vida, que era apenas estar em casa ajudando sua mãe, virou em algo que ela nunca imaginou, pois teria que se virar para sobreviver, ou morrer como uma indigente. A segunda opção era a pior. 

 Foi a parte do canto mais obscuro de seu chalé velho, onde a frieza tinha tomado conta, tudo que conseguia ver era uma caixinha. Uma caixinha banhada a ouro, que um da seu pai lhe deu como presente em seu aniversário. Ela a pegou a caixinha, e assim a abriu, encontrando as últimas coisas que a faziam lembrar de seus pais falecidos, um anel de sua mãe e uma adaga de seu pai. 

 Quando viu os passos se aproximando da casa, pegou a adaga. E assim sentiu a porta sendo aberta, ela se escondeu atrás de uma parede. Se estava lutando contra sua vontade de fugir dali, acabou de decedir que era a melhor opção, sair correndo. 

   — Ela não tem muita coisa, mas tem uma caixinha banhada a ouro  — Era a voz de Ravi, e parecia desesperada.  — Dá para pagar. 

 Com certeza era uma de suas dívidas. 

  — Se estiver mentindo, Ravi, eu vou te matar.  — Ela não conhecia essa voz. 

 Mas seu medo se intensificou, sentiu que queria seus pais. Eles que foram em uma viagem e nunca mais voltou, muitos diziam que tinha sido o barco que naufrágou, outros que eles foram devorados por feras, e então a que fez Ravi ter uma pontinha de verdade. Dizem que eles foram mortos por um senhor rico por inveja. 

 Raya desejou estar nessa viagem com eles. 

 Um puxão a fez sair de onde estava escondida, e a jogaram na frente da casa. As pessoas que passavam ficaram pra ver, e um deles o ancião mais velho da aldeia. Raya, sentiu vergonha e sozinha. 

  — Raya, preciso que me der aquela caixinha, preciso pagar nossa dívida. 

 Ravi, era um dissimulado. 

  — Nossa? Ravi, eu nunca vi esses homens na minha vida  — Raya, xingou aquele homem, e tentou levantar mais foi chutada e caiu no chão novamente.  — Minha caixinha…Joguei no rio. 

 Raya viu a fúria dos homens aumentar, seus olhares estavam fumegando, e tudo caia sobre Ravi. 

  — Mulher, pare com brincadeira, me ajude Raya  — Ravi implorava. e Raya achou engraçado aquela cena.  — Aonde está? 

  — Ela escondeu, ela tem dinheiro, senhores a façam dizer onde está! 

 Ravi a acusou, e aparentemente os homens acreditaram, pois vieram com tudo pra cima de Raya, e a pegou pelo cotovelo, a levantou e lhe deu um tapa em seu rosto. Aquilo doeu, e a mulher sentiu uma dor em sua barriga, e levou a mão direto a região, e seu coração clamava por ajuda, mas os aldeões nada faziam, ela podia jurar que eles estavam gostando. 

  — Eu não tenho, ele está mentindo v Raya se defendeu, e segurou o braço do homem  — Por favor, não façam isso comigo. 

  — Ravi. Seu marido nos deve muito  — Raya negou com acabeça  — Queremos nosso dinheiro. 

  — Ele não é meu…. 

 Raya se calou, pois Ravi que leh bateua fazendo cair novamente, e a dor em sua boca aumentava. E então ela viu, um cajado parar ao seu lado, e o ancião levantar o galho. 

  — Deixem a moça, vocês não tem escrúpulos seus vermes  — O homem tremia enquanto falava  — E nem mesmo com a mulher grávida. 

 Raya, sentiu um frio subir por sua espinha, então era por isso qaue estava vomitando e com dor na barriga. E vindo do ancião, ela acreditou, pois ele era curandeiro e muitas vezes previa o futuro. 

  — Eu…estou grávida?!

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