Em Appenzell, Dario procurava o carro de Helena. Era uma cidade pequena e acolhedora. Tentava descobrir, perguntando aos mais jovens. Já se iam dias ali quando uma luz surgiu: um rapaz reconhecia a descrição, tanto do carro quanto de Helena.
— A Senhora Meyer mora sozinha nas montanhas. Tem algumas pessoas que trabalham para ela, acho que são de Zurique. - O rapaz disse, despreocupado. - Precisa falar com ela? Quer que eu leve o recado? - O jovem se ofereceu, prestativo.
— Pode me levar até ela? - Dario perguntou, esperançoso.
— Não sem que ela autorize. É muito reclusa e discreta. - Ele negou o pedido de Dario.
— Poderia levar o recado mesmo? - Ele confirmava a alternativa. O rapaz concordou.
Helena recebeu o entregador. Ele sempre a deixava por último, era alguém reclusa, bonita e gentil, de olhar distante e personalidade silenciosa. Recebia-o, comumente, com uma bebida quente e algum petisco. O moço fazia sua entrega e a ajudava com as coisas mais pesadas. A casa sempre estava em