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Em um impulso, Dario puxou Helena para si, a aprisionando entre os braços, prendendo seus pulsos contra o próprio quadril. Ele segurou os pulsos dela, forçando-a a se ajustar ao seu corpo. Beijou-a, intenso, enquanto ela inspirava. Certamente faria um escândalo e, solta, o espancaria ali mesmo. Ela lutava, ele teimava. O beijo, cinematográfico, ganhava olhares curiosos. Helena não arrefecia. O impacto, impiedoso, veio junto com as lágrimas. Dario a libertava, curvando-se, levava ambas as mãos à virilha, incapaz de pensar com aquela dor lancinante que lhe cruzava o corpo, fazendo com que se ajoelhasse. Diante dele, Helena tinha a expressão fria da assassina e as trilhas que lhe molhavam o rosto, a boca, carnuda, vermelha do atrito. Ele a viu partir, incapaz até de respirar.

Helena dirigiu pela estrada, sem a enxergar, de fato, as lágrimas lhe turvavam a vista, pesadamente. Ela se forçou a parar o carro, estacionou no acostamento, levando às mãos ao rosto. Chorava, furiosa. Sentia a me
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