— Oh! Bom dia. Uriel, certo? - Ela o percebia, esfregando os olhos, com a caneca de café na mão, um tanto desorientada.
— Bom dia, Helena. - Ele cumprimentou-a. - Sou Uriel, sim.
Sem dizer nada e nem fazer pergunta alguma, ela serviu o balcão com dois conjuntos. Olhou o relógio.
— Rafael já saiu? - Ela perguntou, recebendo a confirmação do homem de porte militar. - Vem comer alguma coisa. - Ela determinou,
— Obrigado, já tomei café com o Rafael. - Ele recusava.
— Então, me faça companhia. - Ela disse. - Obrigada por ontem. Me desculpe o mau jeito.
— Tudo bem. - Ele respondeu, cedendo ao café perfumado daquela pequena bagunça. - Vejo marcas. Militar ou paramilitar?
— Militar. - Ela respondeu.
— Campo ou comando? - Ele traçava um perfil.
— Campo E comando. Major. Atualmente, reserva. Doida demais para estar na ativa segundo minha ficha médica. - Ela resumia, ele percebia a verdade em marcas.
— Gosto de gente doida. - Uriel gracejou. Ela não parecia um risco, ainda que ele soubesse, e