Helena foi extraída, ação tática, rápida e precisa. Era transportada em um furgão frigorífico, de peixes. "Isso vai pegar cheiro no cabelo." Ela ralhava, consigo mesma, frustrada, em sua mente. Em questão de uma hora. O furgão parava. Rafael a recebia, em outro carro.
— Me desculpe. - Ela suspirou.
— Tudo bem. - Rafael respondia, amoroso, acenando para o irmão e seus homens, que seguiam seu caminho. - Você está bem? Está ferida? - Perguntava, cuidadoso.
— Não estou ferida, mas estou cheirando a peixe. - Ela se incomodava.
— Não é só isso. O que mais? - Rafael percebia a agitação do monstro que habitava aquela alma. Ela estava ressentida, como quando chegou a Monterrey.
— Confiei em informações de uma fonte e se mostraram corrompidas. - Ela suspirou, pesadamente, se encolhendo no banco em uma bola, agarrada às próprias pernas. - Isso vai deixar cheiro no cabelo. - Ela bufou, frustrada, arrancando uma risada divertida de Rafael.
— Temos neutralizador em casa. Sangue tem esse rastro fo