— Ele está bem, só desacordado. - Algum tempo depois, Mendes o médico da família disse. - Ela precisa de muita hidração e repouso. Foi de raspão. Já suturei. Vai ficar bem.
— Obrigado, Mendes. - Rafael agradeceu. Pegou Helena e saiu, sem dizer nada.
Rafael tinha seus meios. Levou Helena a uma de suas casas de prostituição, era o melhor refúgio para o momento. Cuidariam bem dela ali, caso precisasse se ausentar. Lola, a gerente do lugar, recebia instruções, mesmo os irmãos não entravam naquele lugar sem um convite, nem se precisassem. Rafael tinha uma ligação diferente com aquele lugar desde na adolescência, quando o pai foi abatido e ele precisou de proteção. Foi ele quem resgatou a mãe e os irmãos.
— Deixe eu entender, Rafa. - Lola acariciava Helena numa das camas profanas daquele lugar, reservado à eleita de Rafael, um generoso guardião daquele lugar, a quem ela apadrinhou ainda jovem. - Está me dizendo que essa menina linda é do tipo perigosa, de verdade, e o Gabriel atacou ela