Dulce hospedou Dario e Helena numo depósito da padaria, a pedido de Helena. Colchonetes no chão, água, cigarros e travesseiros, tudo o que ela pediu e como pediu.
— O que vai ser amanhã? - Dario perguntou, ajeitando o corpo ao chão, desconfortável, nunca teve o traquejo que ela tinha de suportar coisas impensáveis.
— Como chegamos ao abrigo onde me prestou socorro? - Helena considerava. Raciocinava na pouca luz que vinha de uma janela alta, do lado de fora. Dario a olhava, os olhos claros refletiam aquela iluminação parca, ela parecia uma feiticeira de conto de fadas.
— Não é simples, mas dá pra chegar. - Ele disse. - Como quer fazer?
— Vou dar meu jeito. Temos que esperar o filho da Dulce voltar. Ele tem instruções específicas. Não é uma alternativa voltar para os Estados Unidos agora. Toma. - Ela entregava seu colchonete para ele. - Estou acostumada a falta de conforto, durmo até em pé. Você está desconfortável demais, está me incomodando.
— Cabe dois. - Dario disse, aceit