Eu franzi a testa enquanto soltava o cinto e saía do carro. Sinceramente, eu preferia ficar ali dentro enquanto ele resolvia o que tivesse que resolver. Eu nunca gostei de delegacia. Nunca mesmo. Sempre me dava a sensação de estar sendo vigiada, mesmo quando não fazia nada errado. E, graças às aventuras do Finn na faculdade, eu já tinha entrado em delegacia o suficiente pra uma vida inteira.
Mesmo assim, a curiosidade falou mais alto.
Lá dentro, um policial exausto estava sentado atrás do balcão.
Knox se aproximou.
— Estou aqui para pagar a fiança da Soraya Hartely.
O policial ergueu os olhos. O olhar dele passou do Knox para mim e depois voltou pra ele. Digitou alguma coisa no teclado.
— Parentesco com a ré? — Ele perguntou.
— Marido.
O policial arqueou a sobrancelha.
— O sobrenome da sua esposa?
— Hartely, como eu disse.
— Nome de solteira?
Knox ficou tenso.
— Por que isso importa?
O policial se recostou na cadeira.
— Pergunta padrão. Só pra preencher os papéis. Vou buscar sua esposa