Jane mãe solteira com uma vida complicada conhece o Dr Miguel, médico de seu pai. Eles conseguem ter um encontro logo de cara, só que isso não significa que ficaram juntos logo. A história do casal muda quando a filha do médico, pede ajuda para Jane, para cuidar do pai que sofreu um acidente e agora precisa de ajuda para tudo.
Ler maisJane
Me chamo Jane sou mãe de dois filhos, solteira, sem emprego, olhos azuis e cabelo castanho. Estou deitada na cama. Já coloquei meus dois filhos para dormir. Durmo no meio dos dois. A cama tem dois colchões de solteiros, um macio e outro duro, colocou um do lado do outro, assim fica uma cama grande para nós três dormimos. O menino é o Vinícius que tem 8 anos, cabelos castanhos e liso, olhos azuis. A menina é Ana Clara tem 3 anos, cabelos castanhos claros e cacheados, olhos azuis. São filhos do meu caso mais longo, o Gabriel, terminei com eles faz poucos meses ou seja em recuperação. Agora as noites é o momento que tenho para refletir sobre tudo, erros e acertos que fiz. Já chorei diversas vezes e meio terapêutico, não tenho dinheiro para pagar por um profissional, então tenho que me auto analisar, por que não adianta terminar um relacionamento e não mudar nada, por que o próximo relacionamento vai ser igual. Por que vou acabar atraindo o mesmo tipo de homem e não quero. Ou seja preciso mudar primeiro e depois tentar um novo relacionamento. Claro que acabou lembrando do passado. Acabou dormindo no meio da reflexão, afinal o dia foi puxado. O dia nasce e não tem espaço para lamentações. Aí esqueci de rezar, as crianças ainda dormem, vou ler um pouco, enquanto não acordão. Fiquei no sonho o menina tem radar e já acordou, e quer levantar direto. - Mamãe levanta. - Calma filha, nem acordei direito. - Levanta, quero colo. - Posso respirar – olho para aquela menina linda, e não tem como negar um pedido desses. Pego ela no colo e saímos para outra peça que sai direto na sala. Já sei quer andar pela casa, no colinho da mamãe. Andamos abraças, da sala, fomos para a cozinha, depois voltamos e fizemos isso várias vezes, casa é pequena, Ana se acalma no processo. O Vinícius levanta e já cobra o chocolate dele. - Filho, vou deixar sua irmã aqui na sala e já vou lá organizar o café da manhã. - Vai demorar? - Acho que não – Ao olhar para pia, lembro que na agitação de colocá-los a dormir ontem, esqueci a louça toda - Filho, esqueci de lavar a louça, vai demorar um pouco. - Mas quero agora- Ele fala me olhando bravo. Respiro, por que a cabeça, quer fazer algo completamente diferente e o príncipe e a princesa são uns amores, não merece tratamento, que não seja pautados no respeito. - Filho, sei que está com fome, contudo, não consigo me achar no meio desta bagunça e resolvo ela rápido. - Posso de ajudar?- me olha com carinha de gatinho do Shrek, o que faz a vontade de dizer não ir para o espaço, rio por dentro. - Filho como você, ainda está aprendendo, pode ser que acabe demorando mais para o café da manhã sair. Tem problema?- faz sinal com a cabeça que não. Arremangar as mangas e puxou a cadeira para me ajudar. Antes resolvo ver se está tudo tranquilo com Ana, ela está sentada no chão da sala tranquilamente brincando. Volto para cozinha e meu pequeno já começou a lavar a louça, fico por perto acompanhando tudo. Sei que consegue, mas algumas vezes tenho que refazer uma parte. Então como não preciso ficar colada nele, já vou pegando as coisas que estão disponíveis, mas infelizmente algumas louças que vou usar estão na pia. O dia vai passando, a triste me acompanha, mas, sigo em frente, rindo e brincando com meus filhos. Organizando tudo para eles passarem o final de semana na casa do pai. É hora de descansar e fazer tudo que não consegui fazer na semana. A prioridade do dia é os filhos, então sempre tem serviço por ser feito, as roupas para lavar, os brinquedos para organizar, chão para varrer, uma infinidade de serviço para fazer, que acabou deixando para depois. Como nos separamos e estamos no processo de adaptação, acabou precisando enviar uma mochila com as adaptações necessárias para o conforto das crianças. Está semana vou precisar enviar na mochila cuecas, calcinhas, blusas e as crianças querem levar brinquedos. Hora de dormir, os dois pulando na cama, e nem consegui arrumar a cama. A hora de dormir sempre foi complicada. A diferença de idade deles é pequena, o que exige mais atenção, nesta hora do dia, eles já estão bem cansados e justo nesta hora eles ficam muito agitados e é difícil acalmar eles. Nesta hora ter uma mãozinha seria perfeito, porém na maioria das vezes fico completamente sozinha. Quanto mais quero colocá-los a dormir, a situação fica mais complicada. -Amores vamos sentar e escutar uma historinha?- infelizmente continua a pular. Penso em mil coisas para dizer, mas preciso descobrir qual a melhor forma de resolver isso. - Quem vai ajudar a mamãe a arrumar a cama?- agora a menina sinaliza que quer, mas o menino não pára. Como ganhei atenção de um, consigo tirar o menino da cama e brinco de impedir ele de subir na cama. Enquanto ensino a Ana arrumar a cama, é uma fofura tentando me ajudar. Arrumamos a cama e logo fomos deitar, a pequena já puxa o mamá, demora uns minutos, mas logo dorme e mais alguns minutos para largar o mama. O menino vira de um lado para outro, só dorme depois que consegui virar para ele e abraçá-lo. Agora é a hora só minha. Não esqueço do beijo do cara que realmente mexeu comigo.Catarina Estou sentada na Lancheria Vênus, rezando para ver a Jane novamente, a presença dela na vida do meu pai agora pode ser importante. Pode ser que ela nem queira fazer parte disso. Contudo gostaria de tentar. Hoje é sábado, mesmo dia da semana em que meu pai conheceu ela. Como pelo jeito, ela é frequentadora do lugar, resolvi arriscar. Nem falei nada com ninguém, só pedi para minha mãe me deixar aqui, vou almoçar com minha avó, se meu pai não afugentar mais alguém do trabalho. Chamei ela, por que se ver a senhorita Jane, provavelmente precisarei da minha avó para o próximo passo. O meu pai está muito irritado com a situação dele e tem descontado em todos, já sobrou até para mim. As enfermeiras vão ajudar ele a comer, ele reclama se está muito lento, se está rápido, não fica contente com nada. A única coisa que faz quase sem reclamar, é a fisioterapia. Ao menos os fisioterapeutas trabalham tranquilos. Cheguei cedo na Lancheira e me sentei num lugar estratégico para não corre
MiguelSaio do hospital num carro novo e adaptado. Minha mãe adquiriu para facilitar a nossa vida até a recuperação. O carro Citroën prata, interior preto, banco em couro, automático. Tem rampa para cadeirante, o que facilita entrar no carro.A viagem até a minha casa foi rápida.A casa teve que passar por uma pequena reforma. Agora ela conta com rampa de acesso na porta principal. Não necessito grandes reformas no interior por ter todas as portas largas, porém foi necessário retirar móveis e mudar alguns móveis para facilitar a locomoção da cadeira. A exceção foi o banheiro que passou por uma pequena reforma para que eu conseguisse tomar banho de chuveiro e usar o vaso.Pedi para ir direto para meu quarto, queria ficar um pouco sozinho.Minha mãe aceitou na boa e disse que ia fazer uma comida para mim comer e comemorar o meu retorno para casa. Não vi problema e disse tudo bem.Olho para todos os cantos e lembro da minha vida antes do acidente, lágrimas caem sem aviso prévio. Queria
JaneO relógio desperta, desligo. Queria dormir mais, infelizmente não posso, tenho que ir trabalhar.Olho no celular o dia e percebo que já faz dois meses que conheci o Miguel e simplesmente nunca mais o vi.Meu pai falou, que ele não está atendendo no posto e que parece que está de licença médica.Não sei se isso não explica o porque nunca apareceu. Contudo continuo solteira e a vida continua sem graça.Está frio e acabei me enrolando para levantar. Não tem jeito, tenho que levantar agora.Vou direto tomar um banho, escolhi um vestido preto de inverno para usar e por baixo uma camisa de manga longa e um moletom justo, calça justa preta, sapatilha na cor preta e casaco longo na cor creme.Saio do banheiro pronta para sair. Agora vou arrumar as crianças. Consegui arrumar eles hoje rápido, levei meia hora.Já estou sentada na minha mesa de trabalho. Hoje é dia de entregar a GIA, se não fosse alguns clientes já teria entregue todas as GIAS sob minha responsabilidade ontem. Na maioria
Miguel Acordei hoje sem sentir tanto sono, né acredito, ontem dormi muito.Hoje o médico vem avaliar se vai me dar alta hoje da UTI, estou querendo sair daqui, mas não sei o que vou fazer no quarto, já que não consigo me mexer, devido a tetraplegia.Só penso para, que viver. A única razão é a minha filha. Às vezes penso que deveria ter morrido logo, assim não sofria tanto.Com isso na cabeça, entra minha filha e minha mãe na UTI e junto o médico. Que faz algumas perguntas. Depois da visita do médico, fico com a minha filha e só penso no que ela falou. Quem será Jane? infelizmente o dia do acidente virou nada e não consigo lembrar nada. Provavelmente tudo que me aconteceu, só vai servir para mim nunca saber quem ela é.A instalação do novo hospital, me deixa bem mais confortável. No fim tiro uma soneca, após a transferência. Contudo antes, minha filha se despede e fala que avó obrigou ela a sair com as amigas, dou uma risada e digo para ela se divertir.Não deixam minha mãe sair par
Catarina-Oi,- digo.-Oi, Catarina! Sua mãe só quer o seu bem.-Eu sei, mas meu pai também é importante para mim.-Você tem passado muito tempo preocupada com seu pai. Você é uma adolescente, não se preocupe tanto. Deixa que eu faça isso, afinal sou a mãe dele, não inverta os papéis.Começo a chorar, ela me puxa para um abraço.-Vai ficar tudo bem, infelizmente não serás um processo rápido.- faço sinal que sim- depois do almoço você vai sair com suas amigas, já combina, enquanto estou te levando para o hospital e não tem direito a dizer não.-OK, vovó! Você venceu.Ela liga o carro e sai para o hospital e eu vou conversando com minhas amigas e combinando tudo com elas e minha avó. Afinal ela que vai intermediar essa saída.Durante o trajeto elas conversam sobre travessuras de crianças e ambas riem muito.Chegando no estacionamento o clima muda, é hora de enfrentar a realidade.Se identificam na recepção e entram para ver o Miguel.Chegando lá, observam o Miguel observando o mundo a s
Catarina Acordou cedo, hoje vou direto para o hospital, é sábado.Saio da cama e vou tomar um banho.Após o banho, resolvi vestir um vestido de meia estação, preto, uma calça justa preta, um tênis preto, para quebrar este preto todo, coloco cinto prateado e bolsa de mesmo tom, uma maquiagem leve.Estou pronta para o desjejum. Chegou na cozinha e vejo que minha mãe ainda não acordou.Então resolvo arrumar a mesa e jeitar o café da manhã.Coloco água para ferver para o café, sei que existe cafeteira para isso, mas todos aqui preferem o café coado à moda antiga. E final de semana a tempo para isso, apesar da minha ansiedade, sei que tudo aconteceu ao seu tempo.Pego a louça para arrumar a mesa, escolhi um jogo de chá quem tem rosas vermelhas, o traço da louça é delicado, o que dá um ar de chic e elegante. A toalha de mesa é branca, talheres simples.Apesar da minha mãe ter este jogo de louça chique, na maioria das vezes uso sozinha, ela come em qualquer lugar e não é apegada a isso.Or
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