Quando o beijo terminou, Yasmin permaneceu encostada no peito dele, atônita, olhando a chuva lá fora. Não era solidão o que a movia, ela não sabia muito bem dizer o que era, mas sabia que havia passado dos limites.
— Em que está pensando? — Ele perguntou.
— Que... O que estamos fazendo é errado.
— Então que seja errado para sempre. — Respondeu Eduardo. — Vamos criar as crianças juntos. Quando a gente envelhecer, vamos morar num lugar tranquilo, nas montanhas, e viver como um casal feliz.
Yasmin sorriu levemente, perguntando:
— Num lugar assim não vai ter clubes noturnos nem mulheres te bajulando, você aguentaria?
Ele pegou o ponto:
— Quer dizer que aceitaria?
— Não aceitei nada. Vou dormir.
Mas antes que desse um passo, ele segurou o pulso dela. O olhar ardente dele dizia tudo.
Yasmin compreendeu e murmurou:
— Eu ainda não aceitei, Eduardo, não me force.
Ele apertou de leve o pulso macio e delicado dela, relutante em soltá-la. Olhando profundamente para ela, ele sussurrou:
— Não vou te