— Quando as crianças estiverem maiores. — Helena fingiu não se importar.
Bruno acariciou o rosto dela, sem forçar nada, e baixou a cabeça para beijar a pequena Sofia no colo. A menina estava bem cuidada, com o rostinho branco e delicado, os bracinhos gordinhos. Em seus braços, parecia um brinquedo de pelúcia.
A noite avançou, as luzes se apagaram. Helena se aproximou do homem, apoiando meio rosto no braço dele, e murmurou:
— Bruno, quero voltar a ficar em casa para cuidar das crianças. Agora é o momento certo, se pedir para você assumir mais tarde, pareceria abrupto.
Um longo silêncio se seguiu...
Bruno perguntou suavemente:
— Tem certeza de que não quer mais viver no mundo dos negócios?
Helena não hesitou ao responder:
— Com três filhos em casa, tem que ter gente cuidando deles. Mesmo que os mais velhos queiram ajudar, eles já têm idade, e cada um tem sua própria vida. A gente se ocupa tanto com o trabalho que às vezes deixamos as crianças de lado. E não vejo isso como sacrifício, eu