De madrugada, no quarto principal da maior mansão da Cidade D, o homem estava se enlaçando ardentemente com a mulher, quando, de repente, no meio das roupas espalhadas ao pé da cama, o celular no bolso da calça social começou a tocar.
Bruno, a princípio, não queria atender, mas o som não parava e a Helena já não conseguia se concentrar. Ela acariciou de leve o rosto do homem e murmurou:
— Atende primeiro, depois a gente continua.
Os olhos negros de Bruno se aprofundaram, ele beijou o canto da boca dela e só então se ergueu, estendeu seu longo braço e puxou o celular do bolso da calça. Era um número desconhecido.
Ele atendeu:
— Alô, é o Bruno. Quem fala? — A pessoa do outro lado disse algumas palavras. Bruno lançou um olhar para Helena enquanto respondia. — Certo, vou agora.
Desligando, começou a se vestir, peça por peça, até prender o cinto no lugar. Helena, enrolada apenas no fino lençol, perguntou:
— O que aconteceu?
Bruno suspirou:
— Eduardo sofreu um acidente de carro, agora está n