Um desejo proibido...
Diogo Ricci
O som dos meus passos ecoava no piso frio de concreto do porão. O ar era úmido, pesado. impregnado com a poeira do tempo e o silêncio das coisas que nunca deviam ter existido ali.
Desci devagar, cada degrau rangendo sob o peso do que eu estava prestes a encarar.
Ela estava ali.
Sentada, algemada à cadeira enferrujada no centro do cômodo, como uma sombra do que um dia tentou parecer humana.
O nome dela era veneno na minha boca. A mulher que destruiu o destino do meu irmão, que arrancou ele da nossa família ainda bebê e o criou à base de mentiras, ódio e vingança.
Ela levantou o rosto devagar quando me ouviu chegar, os olhos arregalados, mas ainda carregando aquela arrogância que parecia impossível de apagar.
— Veio me ver, príncipe? — disse, com um sorriso torto, debochado.
Não respondi. Apenas fiquei parado, encarando aquela mulher, tentando entender como alguém podia olhar um bebê indefeso e decidir que ele seria a arma da sua vingança.
Mas antes que eu pudesse dizer qual