Dilan
Jade abriu a porta do banheiro e saiu às pressas e desde que Jade saiu correndo e eu fiquei sozinho, minha cabeça não parou um segundo.
Cada palavra dela ecoava como um tambor dentro de mim.
"Ela tem uma arma. Disse que vai se vingar. Que o casamento é por vingança."
Eu queria que fosse um delírio. Um engano. Mas algo em mim sabia que Jade estava dizendo a verdade. A Jullia sempre teve um brilho estranho nos olhos. Frio demais. Controlado demais. Como se ela estivesse sempre encenando. Como se tudo fizesse parte de um plano. E hoje, com aquele sorriso calmo enquanto todos se emocionavam à mesa, eu senti que algo não se encaixava. E agora eu sabia o quê.
Caminhei a passos firmes pela mansão. As pessoas circulavam de um lado para o outro, funcionários terminando de ajustar flores, garçons passando com bandejas, sorrindo, tirando fotos. O jardim estava impecável. Tendas brancas, cadeiras de ferro trabalhadas, música suave. Um cenário perfeito. Para um desastre anunciado.