Diogo Ricci
— Então, todos esses anos, desde jovens, todas as vezes que a gente se olhou por mais tempo do que devia. Que a gente se abraçou e demorou um segundo a mais pra soltar. Que você se preocupou comigo. Isso tudo, era só carinho de irmã?
Ela assentiu. Os olhos dela agora estavam cheios de compaixão e essa era a pior parte.
— Era carinho. Era cuidado. Mas nunca foi amor, Diogo. Não desse jeito.
Abaixei a cabeça, tentando respirar. O peito parecia pequeno demais pra conter a dor que começava a me invadir.
Ela continuou:
— Você é parte da minha vida. Sempre foi. É um dos homens mais incríveis que eu já conheci. Você me protegeu em tantos momentos, me ajudou a levantar quando o chão sumiu. Mas o que você sente… não é correspondido. E eu não posso fingir.
— Eu não te pedi pra fingir — rebati, a voz rouca. — Eu só precisava que você soubesse. Porque guardar isso tá me matando. Cada dia ao seu lado, fingindo ser só amigo, quando tudo em mim queria mais. Eu me odeio por