Isabella Duarte Ricci
As horas no porão passaram arrastadas, o tique-taque do relógio imaginário na minha mente se fundia ao som irregular da respiração de Jason. Ele estava amarrado, machucado, sujo de sangue seco, e ainda assim, sorria. Aquele maldito sorriso de quem sabe mais do que diz.
Eu tinha tantas perguntas. E nenhum coração para ouvir as respostas.
— Você perdeu, Jason — murmurei, a voz rouca, o olhar fixo nele como uma faca cravada na pele. — A sua vingança acabou.
Mas ele apenas riu. Um riso grave, carregado de caos, que ecoou pelas paredes frias como um aviso do que estava por vir.
—Vingança? — ele repetiu, ofegando entre gargalhadas. — Você acha mesmo que acabou?
Meus olhos estreitaram. Algo na risada dele me gelou por dentro.
— Por que está rindo? — perguntei, com o estômago já revirando.
— Porque parte das pessoas que você ama. — ele murmurou, como se fosse um sussurro do próprio ódio que havia nele —estão sendo consumidas agora mesmo pelas chamas do me