Capítulo 4
Depois que eu admiti o plágio, o fórum foi inundado por comentários me insultando.

— Nunca imaginei que a Elisa, que parecia tão certinha, fosse capaz de uma coisa tão vergonhosa como plágio!

— Além de plagiar, ela ainda maltrata a própria irmã. Que mente pérfida!

— Coitada da Luísa, ter uma irmã assim é realmente azar...

— Ouvi dizer que, antes da competição de líderes de torcida, Elisa tomou estimulantes para conquistar o primeiro lugar. Felizmente, um espectador atento a denunciou, e só por isso a vitória acabou ficando com a Luísa!

— A Luísa é boa demais. Mesmo sendo maltratada pela irmã e sabendo que ela usava drogas para competir, nunca contou nada. Uma irmã assim é rara!

Ao ler aqueles comentários, senti um aperto no peito.

No dia da cirurgia, antes de ser levada para a sala de operações, Henrique segurou minha mão, olhando para mim com delicadeza:

— Elisa, não se preocupe. Já pensei em uma solução perfeita: você não terá que carregar para sempre essa mancha de plágio, e Luísa também não vai ser prejudicada. Quando a cirurgia terminar, vou colocar esse plano em prática.

Meu irmão, que há muito tempo não demonstrava afeto, também deu uma tapinha no meu ombro:

— Elisa, você finalmente se tornou uma pessoa que pensa nos outros. Estou muito orgulhoso.

Ao ouvir aquelas palavras, senti uma melancolia que me apertava o coração. É… finalmente recebi elogios da minha família — mas já estou com os dias contados.

Fui levada para a cirurgia. Luísa e eu entramos juntas para fazer o transplante de rim. Do lado de fora da sala, Henrique e meu irmão andavam de um lado para o outro, ansiosos:

— Será que a Luísa está bem? A cirurgia vai correr sem problemas?

— Vai dar tudo certo. Assim que terminar, vamos cuidar dela direitinho, para que se recupere logo.

Eles conversavam sem parar, até que, três horas depois, a cirurgia chegou ao fim.

Luísa recebeu o meu rim. A operação foi bem-sucedida.

Henrique e meu irmão quase pularam de alegria:

— Que maravilha! Luísa finalmente está salva!

— É isso mesmo. Vamos cuidar bem dela, para que se recupere rápido.

Felizes, correram para recebê-la. Ninguém se importou comigo. Eu ainda estava deitada na cama cirúrgica. Olhava as luzes frias da sala, sentindo a visão ficar cada vez mais turva. Enquanto eles celebravam, fechei os olhos em silêncio — parei de respirar.
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