O apartamento de Isabella nunca pareceu tão pequeno. A caixa de sapatos de grife parecia zombar de sua mesa de centro gasta, e o vestido, quando ela o tirou da capa, derramou-se sobre sua cama de solteiro como um pedaço de céu noturno roubado. Era a coisa mais bonita que ela já tocara.
Por um momento, o pânico a dominou. Aquilo era um disfarce, uma fantasia. Ela era Isabella Clark, a garota de Harvard cuja vida dera uma guinada errada, não a mulher que usava um vestido como aquele. Mas então, a raiva e a teimosia que a fizeram sobreviver à primeira semana infernal borbulharam dentro dela. Aquilo não era um disfarce. Era uma armadura. E ele a tinha dado a ela.
Ela tomou um banho rápido, arrumou o cabelo em um coque elegante e solto, e fez uma maquiagem simples que realçava seus olhos. Então, ela vestiu a seda azul. O tecido a abraçou nos lugares certos, frio e suave contra sua pele. O tamanho era perfeito. “Eu tenho um bom olho para detalhes.” A frase dele ecoou em sua mente, arrogante