A caminhada de volta para a mesa foi um desfile de vitória. Eu não sentia minhas pernas tocarem o chão; eu flutuava numa nuvem de endorfina e do cheiro de Pedro, que agora estava impregnado em cada poro da minha pele.
Minha calcinha, úmida e fria contra a coxa, era um lembrete constante e obsceno do que acabara de acontecer no mármore do banheiro.
Pedro caminhava ao meu lado, a mão na base das minhas costas — não para me amparar, mas para me exibir. Ele tinha aquele meio sorriso irritante e devastador de quem acabou de ganhar na loteria e roubar o banco no mesmo dia.
Quando nos aproximamos, Alexander Vane levantou-se. O cavalheirismo britânico automático. Mas os olhos azuis pálidos dele varreram meu rosto, e vi a máscara dele falhar.
Ele notou. É claro que notou. O batom levemente borrado que tentei limpar, o rubor nas bochechas que maquiagem nenhuma imita e o brilho febril no meu olhar.
— Isabella — disse Vane, a voz um pouco mais tensa. — Estávamos ficando... preocupados.
Pedr