40. TARSO
TARSO
Esperei, ansioso, para saber o que tanto Alicia quer falar. Sento-me, sozinho, à mesa do restaurante, sempre de olho no relógio. Enfim, Alicia chegou. Ela anda apressada, vindo na minha direção.
— Alicia, aconteceu alguma coisa com a Emília? — pergunto, preocupado.
— Emília está bem, mas tem algo que você precisa saber. Emília foi afastada do hospital.
— Como assim? O que aconteceu para ela ser afastada? Emília está doente? — pergunto, nervoso.
— Clóvis pediu o afastamento da Emília para a senhora Elis, em troca de você não ir para a cadeia.
— Infeliz! Droga! — falo, irritado.
— Tarso, sei que está a um passo de ir embora, mas, antes, quero que saiba que Emília está muito triste. Ela não admite, cunhado, mas acho que Emília gosta de você — Alicia fala, encarando-me.
— Alicia, o que está falando!? Nos envolvemos, e foi a melhor coisa deste mundo. Para ser sincero, não sou digno da Emília se apaixonar por mim — falo, com o coração batendo acelerado.
— Tarso, se você ama Em