41. EMÍLIA
Cheguei ao meu apartamento, guardei a minha mala no quarto e, como é esquisita essa situação de recomeço, tudo ainda está do jeito que deixei. Fui para o meu quarto, tomei um banho para relaxar, mas não deixo de pensar no que vou fazer da minha vida nesse tempo que ficarei afastada do hospital.
Mesmo sendo um pouco tarde, mandei uma mensagem para Alicia, avisando que vim para o meu apartamento. Sei que, a essa hora, ela deve estar dormindo, mas avisei mesmo assim. Deitei na minha cama, e o meu companheiro foi um livro.
No dia seguinte, acordei, fiz a minha higiene e, ao chegar à cozinha, a mesa estava posta. Alicia se encontrava na cozinha e, ao me ver, segurava um buquê de flores.
— Para a mulher mais especial da minha vida — Alicia fala, entregando-me as flores.
— Quer me fazer chorar logo de manhã? — falo, emocionada, e dou-lhe um abraço bem forte.
— Nada de chorar, Emília. Vim porque quero te fazer companhia. Estamos juntas até o fim.
— Eu sei disso! — falo, muito emotiva.
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