56. HANIEL
Levei Sâmia nos braços para o quarto mesmo sem ela querer. A sua timidez nos meus braços era visível. Foi impossível não sentir o cheiro do seu perfume suave, um perfume cítrico. A deitei na cama pedindo que ela dormisse ali, pelo menos por hoje.
Observo Sâmia deitada na minha cama e, mais calmo, percebi o quanto fui um grosseiro com ela. Agora tenho que reparar o meu erro. Só consegui dormir quando vi que Sâmia tinha adormecido também. Mesmo já sendo tarde da noite, liguei para o decorador e o contratei para organizar o bendito jardim.
No dia seguinte, acordei e Sâmia não estava na cama. Talvez ela já tenha levado as crianças para a escola. Levantei-me e fui fazer a minha higiene e, em seguida, vesti-me para ir para a empresa. Quando desci as escadas, senti falta da Sâmia.
— Raquel, onde Sâmia está? — perguntei, curioso.
— Foi levar Gael na escola. Talita que não foi hoje — Raquel falou.
— Ela está doente? Qual a razão de não ter ido?
— Parece que houve algum problema lá que de