O som da porta se fechando foi seguido de um raro e reconfortante silêncio.
A casa, que durante todo o dia estava repleta de vozes, risadas e passos apressados, agora repousava como se respirasse aliviada, um organismo vivo que enfim se acalmava.
Os brinquedos de Nora estavam recolhidos, a cozinha limpa, os copos escorrendo no escorredor, e o sofá, afundado no canto onde Antonela havia se jogado rindo minutos antes, ainda guardava o desalinho carinhoso das almofadas fora do lugar.
No monitor do quarto, a imagem suave da pequena dormindo aquietava o peito de Sophia. Nora respirava devagar, os dedinhos cerrados em punhos serenos, um sorrisinho quase imperceptível nos lábios adormecidos.
Sophia se apoiou na bancada da cozinha, tomando um último gole de água antes de apagar a luz. Mas antes que o copo tocasse a pia, braços firmes a envolveram por trás, com precisão cirúrgica, acendendo arrepios por toda a extensão de sua pele.
— Finalmente sozinhos. — disse Giovanni, a voz rouca roçando o