Sophia estava no vestiário dos fundos da cafeteria, sentada sobre o banco de madeira estreito, com os pés descalços e a cabeça levemente apoiada contra o armário atrás de si. O uniforme ainda colava levemente à sua pele por causa do calor da noite, e o batom vermelho começava a desbotar após tantas horas sorrindo, servindo e fingindo que não sentia falta de algo que a corroía por dentro.
O evento havia sido um sucesso. A nova unidade da cafeteria estava cheia, os clientes saíam elogiando, e o gerente, Aldo, parecia caminhar sobre nuvens de tanto orgulho. Todos celebravam, menos ela.
Havia um vazio estranho dentro do peito. Uma ausência palpável que nem a música, nem os sorrisos, nem a presença das amigas preenchiam. E mesmo tendo se esforçado a noite inteira para não pensar nele… o nome de Giovanni Bianchi estava gravado em sua mente como um feitiço.
Pegou o celular dentro da bolsa, mais por hábito do que por esperança, e a tela se acendeu com uma única notificação:
Mensagem de Giova