O quarto estava mergulhado em silêncio, exceto pelos soluços contidos que ecoavam entre as paredes como confissões sufocadas.
Giovanni não soltou Sophia. E ela, embora estivesse nos braços dele, não conseguia conter o tremor.
Ele a puxou com cuidado para sentarem-se à beira da cama. As mãos dele repousaram sobre os joelhos dela, e os olhos, vermelhos, buscaram os dela com uma força quase implorante.
— Sophia… fala comigo. Por favor.
Ela o olhou com dor.
— Eu… Eu não sei por onde começar, Giovanni. — sua voz falhava. — Parte de mim quer gritar com você, te empurrar, te machucar como você me machucou. E outra parte… — ela engoliu seco — só quer deitar no seu peito e fingir que nada disso aconteceu.
Ele apenas escutou.
— Você me fez duvidar de mim — ela continuou, com os olhos marejados. — Fez eu me sentir pequena. Sabe o que é dormir abraçada numa almofada só pra tentar enganar meu corpo de que ainda era você ali? — lágrimas começaram a escorrer. — E acordar no meio da madrugada gritand